quinta-feira, 30 de junho de 2011

Leia


Principais crenças

Embora existam diferenças entre os cristãos sobre a forma como interpretam certos aspectos da sua religião, é também possível apresentar um conjunto de crenças que são partilhadas pela maioria deles.

[editar]Monoteísmo

Grande parte das vertentes cristãs herdaram do judaísmo a crença na existência de um únicoDeus, criador do universo e que pode intervir sobre ele. Os seus atributos mais importantes são por isso a onipotência, a onipresença e onisciência. Os teólogos do chamado Teísmo abertodiscutem a atribuição destes atributos (ou parte deles) a Deus.
Outro dos atributos mais importantes de Deus, referido várias vezes ao longo do Novo Testamento, é o amor: Deus ama todas as pessoas e estas podem estabelecer uma relação pessoal com ele através da oração.
A maioria das denominações cristãs professa crer na Santíssima Trindade, isto é, que Deus é um ser eterno que existe como três pessoas eternas, distintas e indivisíveis: o Pai, o Filho e oEspírito Santo.
A doutrina das denominações cristãs difere do monoteísmo judaico visto que no judaísmo não existem três pessoas da Divindade, há apenas um único Deus, e o Messias que virá será um homem, descendente do rei David

[editar]Jesus

Ver artigos principais: Jesus CristoJesus histórico.
Outro ponto crucial para os cristãos é o da centralidade da figura de Jesus Cristo. Os cristãos reconhecem a importância dos ensinamentos morais de Jesus, entre os quais salientam o amor a Deus e ao próximo, e consideram a sua vida como um exemplo a seguir. O cristianismo reconhece Jesus como o Filho de Deus que veio à Terra libertar os seres humanos do pecado através da sua morte na cruz e da sua ressurreição, embora variem entre si quanto ao significado desta salvação e como ela se dará. Para a maioria dos cristãos, Jesus é completamente divino e completamente humano.
Há no entanto, uma recorrente discussão sobre a divindade de Jesus. Aqueles que questionam a divindade de Cristo argumentam que ele jamais teria afirmado isso expressamente.[carece de fontes]Os que defendem a divindade de Cristo, por sua vez, valem-se de versículos que, através da postura de Jesus e dentro do próprio contexto cultural judaico da época[carece de fontes], deixariam clara sua condição divina.

[editar]A salvação

O cristianismo acredita que a fé em Jesus Cristo proporciona aos seres humanos a salvação e a vida eterna. «Pois Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.» (João 3:16)[19]

[editar]A vida depois da morte

Ver artigos principais: ImortalidadeVida após a morte.
As visões sobre o que acontece após a morte dentro do Cristianismo variam entre as denominações. A Igreja Católica considera a existência do céu, para onde vão os justos, do inferno, para onde vão os pecadores que não se arrependeram, e do purgatório, que é um estágio de purificação para os pecadores que morreram em estado de graça. As igrejas orientais, bem como algumas igrejas protestantes, consideram a existência apenas do céu e do inferno. Dentro do Protestantismo, a maior parte das denominações acredita que os mortos serão ressuscitados no Juízo Final, quando então serão julgados, sendo que os pecadores serão definitivamente mortos e os justos viverão junto a Cristo na imortalidade. Já as denominações do Cristianismo Esotérico são reencarnacionistas e ponderam que nenhum homem é totalmente bom nem totalmente mau, e após a morte sofrerão as consequências do bem e do mal que tenham praticado em vida, atingindo a perfeição com as sucessivas encarnações.

[editar]A Igreja

O cristianismo acredita na Igreja (ekklesia), palavra de origem grega que significa "assembleia", entendida como a comunidade de todos os cristãos e como corpo místico de Cristo presente na Terra e sua continuidade. As principais igrejas ligadas ao cristianismo são: a Igreja Católica, as Igrejas Protestantes e a Igreja Ortodoxa.

Visão do cristianismo


Para os cristãos, os livros sagrados são os livros que foram aceitos no Cânon ou livros inspirados divinamente. São os livros bíblicos que osteólogos e estudiosos consideram que seus autores foram inspirados por Deus para escrevê-los, seja por uma revelação ou mesmo por fatos vivenciados, como os mencionados nos Atos dos Apóstolos ou nas cartas paulinas (cartas escritas pelo apóstolo Paulo por inspiração divina).
Os livros chamados apócrifos seriam considerados não-inspirados por Deus ou escritos de acordo com a vontade de seus autores, por inspiração humana.
Argumentam que, no livro de II Timóteo, capítulo 3, versículo 16, está escrito que toda escritura é divinamente inspirada é proveitosa para educar o homem na justiça e tornar o homem de Deus qualificado para toda boa obra.
E o próprio prólogo de EclesiásticoMacabeus, capítulo 2, versículo 29 e capítulo 15, versículos 38 e 39 dizem não pretenderem ser inspirados e nem mesmo terem certeza da fidelidade dos fatos narrados.
Todos os livros sagrados, em parte - logicamente -, foram citados por Jesus em seus ensinamentos e há referências diretas a eles feitas pelos apóstolos.
Em 15 de Abril de 1546, o Concílio de Trento, decretou que 11 dos 16 livros então apócrifos são canônicos: TobiasJuditeSabedoria,EclesiásticoBaruque, os dois livros de Macabeus e acrescentou o Repouso de Ester ao livro canônico de mesmo nome e a História de Susana, a História dos três mancebos e a História de Bel e o Dragão ao livro de Daniel. E desde então, são considerados sagrados pelaIgreja Católica e constam na Bíblia grega.

Historia


História

Allan Kardec, o codificador e sistematizador da Doutrina Espírita.
Durante o século XIX houve uma grande onda de manifestações mediúnicas nos Estados Unidos e naEuropa. Estas manifestações consistiam principalmente de ruídos estranhos, pancadas em móveis e objetos que se moviam ou flutuavam sem nenhuma causa aparente. Entre eles destacou-se o caso dasIrmãs Fox, nos EUA.
Em 1855, o professor Denizard Rivail, que depois adotou o pseudônimo de Allan Kardec, lançou-se à investigação do fenômeno, bastante comum à época, das mesas girantes ou dança das mesas, em que mesas e objetos em geral pareciam animar-se de uma estranha vitalidade. Inicialmente cético, chegou a afirmar: "Eu crerei quando vir e quando conseguirem provar-me que uma mesa dispõe de cérebro e nervos, e que pode se tornar sonâmbula; até que isso se dê, deem-me a permissão de não enxergar nisso mais que um conto para dormir em pé". Após dois anos de pesquisas, não viu constatação de fraudes e nem um motivo para englobar todos os acontecimentos dessa ordem no âmbito das falácias e/ou charlatanices. Pessoalmente convencido não só da realidade do fenômeno, que considerou essencialmente real apesar das mistificações existentes, mas também da possibilidade dele ser causado por espíritos, Rivail deu um passo adiante: em lugar de dedicar o resto de sua vida à busca por "provar cientificamente" a explicaçãomediúnica para os fenômenos, procurou extrair da possibilidade de que fossem causados pela ação de espíritos algo de útil para a humanidade.
A robusta formação humanística por que passara, bebendo diretamente de Pestalozzi, discípulo dileto de Rousseau, não poderia limitá-lo a uma pesquisa meramente naturalista. A necessidade de dar algum suporte à espiritualidade humana numa época em que a ciência avançava a passos largos e as religiões perdiam cada vez mais adeptos despertou em Kardec a ideia de um novo modo de pensar o real, que unisse, de forma ponderada, a ascendente Ciência e a decadente Religião, mediadas pela racionalidade filosófica. Assim, Kardec fez uso doempirismo científico para investigar os fenômenos, da racionalidade filosófica para dialogar com o que presumiu serem espíritos e analisar suas proposições, e buscou extrair desses diálogos consequências ético-morais úteis para o ser humano. Surgia aí, mais precisamente em18 de abril de 1857, a doutrina espírita, sistematizada na primeira edição de O Livro dos Espíritos.

[editar]Primeiras observações

A médium Eusápia, num experimento controlado porAlexandre Aksakof em 1892.
Segundo alguns seguidores da doutrina espírita, os fenômenos mediúnicos seriam universais e teriam sempre existido, inclusive com fartos relatos na Bíblia, mas os espíritas e muitos outros defensores da explicação mediúnica para os chamados "fenômenos sobrenaturais" ou "paranormais" adotam a data de31 de março de 1848 como o marco inicial das modernas manifestações mediúnicas, alegadamente mais ostensivas e frequentes do que jamais ocorrera, o que levou muitos pesquisadores a se debruçarem sobre tais fenômenos. Afirmam, contudo, que acontecimentos envolvendo espíritos (pessoas que já morreram) existem desde os primórdios da humanidade.[carece de fontes]
Entre outros, citam como exemplo os comentários de Platão ao falar sobre o dáimon ou gênio que acompanharia Sócrates; a proibição de Moisés à prática da "consulta aos mortos", que seria uma evidência da crença judaica nessa possibilidade, já que não se interdita algo irrealizável; e a comunicação de Jesus com Moisés e Elias no Monte Tabor, citada em Mt, 17, 1-9.

[editar]Estudo sobre as mesas girantes

Segundo os biógrafos, Allan Kardec foi convidado por Fortier, um amigo estudioso das teorias de Mesmer, a verificar o fenômeno das mesas girantes com a disposição de observar e analisar os fenômenos que despertavam curiosidade no século XIX.
As primeiras manifestações tidas como mediúnicas aconteceram por meio de mesas se levantando e batendo, com um dos pés, um número determinado de pancadas e respondendo, desse modo, sim ou não, segundo fora convencionado, a uma questão proposta.
Kardec, em analisando esses fenômenos, concluiu que não havia nada de convincente neste método para os céticos, porque se podia acreditar num efeito da eletricidade, cujas propriedades eram pouco conhecidas pela ciência de então. Foram então utilizados métodos para se obter respostas mais desenvolvidas por meio das letras do alfabeto: o objeto móvel, batendo um número de vezes corresponderia ao número de ordem de cada letra, chegando, assim, a formular palavras e frases respondendo às perguntas propostas.
Kardec concluiu que a precisão das respostas e sua correlação com a pergunta não poderiam ser atribuídas ao acaso. O ser misterioso que assim respondia, quando interrogado sobre sua natureza, declarou que era um espírito ou gênio, deu o seu nome e forneceu diversas informações a seu respeito.

Doutrina espirita


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Parte da série sobre a
Doutrina espírita
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Doutrina espíritaespiritismo ou kardecismo,[1][2][3] segundo a definição de seu codificador, opedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail - que adotou o pseudônimo Allan Kardec - é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.[4]
A doutrina espírita é baseada nos cinco livros da Codificação Espírita escrita pelo educador francêsHippolyte Léon Denizard Rivail, sob o pseudônimo de Allan Kardec, descrevendo sessões em que ele observou uma série de fenômenos que ele atribuiu à inteligência incorpórea (espíritos). Sua premissa da comunicação do espírito foi validada por muitos contemporâneos, entre eles muitos cientistas e filósofos que participaram das sessões e estudaram os fenômenos. Seu trabalho foi posteriormente prorrogado por escritores como Léon DenisArthur Conan DoyleCamille FlammarionErnesto BozzanoChico XavierDivaldo Pereira FrancoWaldo Vieira, Johannes Greber e outros.[5]
O Espiritismo tem adeptos em muitos países em todo o mundo, incluindo EspanhaEstados Unidos,Canadá,[6] JapãoAlemanhaFrançaReino UnidoArgentinaPortugal e especialmente em alguns países americanos, como CubaJamaica e Brasil, que tem uma das maiores proporções e o maior número de seguidores do espiritismo em sua população.[7]
Historicamente, na França e no Brasil, existiram e ainda há conflitos entre "kardecistas" e "roustainguistas", consoante a admissão ou não dos postulados da obra "Os Quatro Evangelhos", coordenada por Jean-Baptiste Roustaing, nomeadamente acerca da natureza do corpo de Jesus. Para os chamados "roustainguistas" Jesus teve um "corpo fluídico", de origem material diferente da nossa matéria, já o os ditos "kardecistas" acreditam que Jesus possuia um corpo de origem material, como de qualquer ser humano.[8][9]