terça-feira, 28 de junho de 2011

Jesus na ficção e na arte


Na arte

Cristo Pantocrator, mosaico. Catedral de Cefalù.
Num primeiro momento, a arte do cristianismo evitou representar Jesus em forma humana, preferindo invocar sua figura através de símbolos, tais como o monograma formado pelas letras gregas Χ y Ρ, iniciais do nome grego Χριστός (Cristo), a união as vezes de Α y Ω, primeira e última letras, respectivamente, do alfabeto grego, para indicar que Cristo é o princípio e o fim; o símbolo do peixe em grego (ΙΧΘΥΣ, «ikhtus», acróstico de Ἰησοῦς Χριστός, Θεοῦ Υἱός, Σωτήρ (Iesous Khristos Theos uios Soter; "Jesus Cristo Filho de Deus Salvador"). Ele também já foi representado como um cordeiro(o Cordeiro de Deus); e também em símbolos antropomórficos, como o Bom Pastor.[169][nota 43]
Mais tarde apareceram representações de Cristo, primeiro representado como um jovem, muitas vezes com o rosto de Alexandre Magno, sem barba e sem cabelos longos [170]. A partir do século IVfoi representado quase exclusivamente com barba. Na arte bizantina se tornou habitual uma série de representações de Jesus. Algumas das quais com a imagem do Pantocrator, que tiveram um grande sucesso na Europa medieval.[171]

Na literatura

Desde finais do século XIX, inúmeros autores de obras literários têm dado sua interpretação pessoal da vida de Jesus. Entre as obras mais destacadas que trataram do tema podemos citar:
O mistério da vida de Jesus também é tema de algumas obras da literatura comercial, às vezes em gêneros como a ficção ou o romance de mistério.

No cinema

A vida de Jesus de acordo com os relatos do Novo Testamento e normalmente sob um ponto de vista cristão, tem sido frequente. De fato, Jesus de Nazaré é um dos personagens mais interpretados no cinema.[172][173] O primeiro filme sobre a vida de Jesus foi La vie et la passion de Jésus-Christ de Georges Hatot y Louis Lumière.[174] No cinema mudo, o filme que mais se destacou foi O Rei dos Reis (1927) de Cecil B. DeMille.
O tema foi abordado em diversas ocasiões, e de diversos pontos de vista: Desde a grandiosa produção de Hollywood O Rei dos Reis(Nicholas Ray1961) até as visões mais austeras de cineastas como Pier Paolo Pasolini (Il vangelo secondo Matteo1964). Também deram sua interpretação pessoal à figura de Jesus autores como Buñuel (Nazarín, 1958), y Dreyer (Ordet, 1954).
Alguns dos filmes mais recentes sobre a vida de Jesus não estão isentos de polêmicas. É o caso de A Última Tentação de Cristo (1988), deMartin Scorsese, baseado no romance homônimo de Nikos Kazantzakis, muito criticado por sua interpretação pouco ortodoxa de Jesus. O filme de Mel GibsonA Paixão de Cristo (2004) recebeu a aprovação de vários setores do Cristianismo, mas foi considerado anti-semita por alguns membros da comunidade judaica.[175][176]
personagem Jesus tem sido tratado no cinema de vários ângulos. [nota 44] Existem interpretações satíricas da figura do criador docristianismo, como A Vida de Brian (Terry Jones, 1979). Musicais, como o célebre Jesus Cristo Superstar (Norman Jewison, 1973), e também filmes de animação, como The Miracle Maker (Derek W. Hayes y Stanislav Sokolov, 2000).

No teatro

A vida de Jesus também tem sido levada aos palcos da Broadway e a outras partes do mundo através dos musicais. Entre as representações líricas da vida e da obra de Jesus pode-se destacar o popular musical Jesus Cristo Superstar, uma ópera rock com músicas de Andrew Lloyd Webber e arranjos de Tim Rice, representada pela primeira vez em 1970, e que posteriormente viria a se espalhar pelo resto do planeta.[177] Também se destaca a peça de teatro Godspell, com música de Stephen Schartz e arranjos de John-Michael Tebelak, que foi encenada pela primeira vez também em 1970.[178] No teatro do Brasil, destaca-se Auto da Compadecida, peça de Ariano Suassuna escrita em 1955 e publicada em 1957, que retrata um jesus negro.

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